19 de maio de 2011

Um novo Brasil!

Olá, meus amigos!

Eu me considero crítico, e às vezes alguém pode pensar que eu só sei criticar. Mas não, sei elogiar também, inclusive em temas polêmicos.

Segundo reportagem veiculada no Portal Terra, tramitam no Congresso 7 iniciativas para criação de novos Estados e territórios no Brasil. Aaaah, não! Não vai me dizer que você gosta dessa ideia! Desculpa, mas criar mais novos Estados representa criar novos governadores, senadores, deputados estaduais... É mais gasto pro Brasil e muito mais gente pra roubar!

Calma, existe este lado "ruim", mas não é bem assim. Vamos fazer uma análise menos impulsiva e mais parcimoniosa.


Esta é uma projeção do mapa do Novo Brasil caso as 7 iniciativas sejam aprovadas. Seriam criados os seguintes Estados e territórios: Solimões, Juruá e Rio Negro (dividindo o atual Amazonas em 4), Mato Grosso do Norte e Araguaia (dividindo o atual Mato Grosso em 3), Tapajós e Carajás (dividindo o Pará em 3), Maranhão do Sul (desmembrando o sul do atual Maranhão), Gurguéia (parte sul do atual Piauí), São Francisco (oeste da atual Bahia) e Oiapoque (o município de Oiapoque seria desmembrado do Amapá e passaria, sozinho, a ser um território federal). 

Essa nova configuração federativa seria excelente para o Brasil. Esta divisão traria três importantes benefícios para o país:

1. Desenvolvimento econômico - hoje, a região abrangida pelo proposto Maranhão do Sul, por exemplo, é esquecida pelo governo do Estado. Os principais investimentos seguem para São Luís e ajudam a consolidar a miséria e a falta de oportunidades que abundam na região que receberia o novo Estado. Com a sede de um governo estadual, os impostos da região que seguiriam para a capital necessariamente ficarão na região - os que não forem abocanhados pelo governo federal, é claro. A criação do Tocantins demonstra claramente o que estou dizendo. Com o Distrito Federal e Goiânia no sul goiano, a região norte ficou à míngua e à margem do desenvolvimento. A criação do Tocantins, em 1988, levou desenvolvimento para aquela região. 

2. Defesa à soberania nacional e 3. Defesa da Amazônia - com a criação de Estados e territórios em regiões fronteiriças como o Oiapoque, amazônicas, como Mato Grosso do Norte e Araguaia e fronteiriças e amazônicas como Juruá, Solimões e Rio Negro, além do já propalado desenvolvimento, é possível estabelecer sistema mais efetivo de defesa das fronteiras e de povoamento e colonização. Regiões despovoadas facilitam a eventual ocupação e invasão por parte de outros países. 

O Brasil passaria a possuir 37 estados e territórios e 1 Distrito Federal, somando-se 38 Unidades Federativas. Com a desvantagem de se criarem mais gastos públicos, mas que seriam subsidiados em boa parte pelos próprios impostos gerados no território da nova Unidade Federativa.

Seguindo na linha de raciocínio do desenvolvimento, eu ouso propor ainda mais novos Estados, pelo menos cinco:

1. Estado da Caatinga - seria formado pelo sertão do AL, PE, PB e RN; pelo agreste do SE, AL, PE, PB e RN e o sul do Ceará. Assim, uma das regiões com menores índices de desenvolvimento humano do Brasil estaria reunida num novo Estado, que teria centros urbanos importantes (Patos, Sousa, Juazeiro do Norte, Petrolina, Caicó, Crato, Mossoró) e saída para o mar, no agreste e sertão potiguares.

2. Estado de Porto Seguro - seria formado pelo sul e centro-sul da Bahia e norte mineiro, vale do Jequitinhonha e vale do Mucuri, num Estado que seria desmembrado de MG e BA e também abrange uma das regiões mais subdesenvolvidas do país, com ligação para o mar e potencial turístico importante. Os centros urbanos que se destacam são Teófilo Otoni, Montes Claros, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Valença e Porto Seguro.

3. Estado do Iguaçu - já foi um território brasileiro quando da 2ª Guerra Mundial, e poderia voltar para buscar o desenvolvimento das regiões Noroeste do RS, Oeste e meio-oeste de SC e Sudoeste do PR. Tem cidades importantes como Chapecó, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Passo Fundo e Erechim. Tem forte apelo turístico (Foz do Iguaçu) e faz divisa com Paraguai e Argentina. Ajudaria a desenvolver regiões que são de certo modo preteridas pelas capitais dos respectivos estados.

4. Estado do Humaitá - abrange toda a mesorregião do Sul Amazonense. Possui uma população muito baixa (300 mil habs), e desenvolvimento econômico pequeno. Sua criação serviria para levar desenvolvimento (sustentável) àquela região, cortando ao meio o que sobraria do Amazonas (mesmo com a divisão em 4 já proposta no Congresso. Com a minha proposta, o Amazonas seria dividido em 5).

5. Estado do Tietê - formado pelo Oeste e Centro paulistas. A criação deste Estado serve para descentralizar o maior Estado do Brasil, facilitando a gestão no Estado e levando ainda mais desenvolvimento econômico à região, que já é uma das mais desenvolvidas do Brasil. Serve também para reduzir a hegemonia que o Estado de São Paulo representa no Brasil.

Após minha proposta de divisão territorial (que ainda não está no Senado ou na Câmara pois ainda não me candidatei), se aprovada a divisão em tramitação na Câmara, o país passaria a ter 43 Unidades Federativas.

Eu não tenho dúvidas de que isso seria revertido em vantagem para o desenvolvimento do país, a soberania nacional e, principalmente, para o bem estar da população dessas regiões.

Vamos discutir! Comente estas propostas e deixe sua opinião.

Guilherme Augusto Heinemann Gassenferth

5 comentários:

Pedro Gabriel disse...

Você realmente está falando sério? :S

Se for, me avisa, porque sou meio lento.

Pergunta: como ficaria o Senado Federal nessa configuração?

alex disse...

gosto bastante desse estado da caatinga(tambem já tinha pensado nisto), os estados nordestinos em geral tendem a supervalorizar a capital e "enrolar" o povo do sertão gerando a tal indústria da seca...
uma boa administração seria muito conveniente, ja que de uns anos para cá esta região vem em uma grande crescente, mas se posta em mãos erradas será um caminho sem volta.
será que valeria a pena correr alguns riscos???

Anônimo disse...

Concordo com você,
espero que façam logo estas divisões.
Queremos um novo Brasil, queremos um Brasil desenvolvido ,Que venham as mudanças, Que venha este Novo Brasil!

Guilherme Gassenferth disse...

Vale dizer que defendo a redução drástica do número de congressistas e dos gastos que produzem.

Francinaldo Ferreira disse...

Parabéns pelo artigo, infelizmente grande o país ainda tem muito preconceitos por parte do grande desconhecimento das reais necessidades socio-econômicas dessas regiões. Vale lembrar que o processo de construção geopolítico do Brasil ainda não está finalizado..